Livro: Amapá:
aspectos de uma Geografia em construção Capítulos:·
Transformações especiais no Amapá: reflexos de uma economia em
construção.
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A produção do espaço Amapaense e a gestão dos recursos naturais.
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Agricultura camponesa e dinâmica de ocupação do território no
estado do AmapáAno: 2005 Total de 57 páginas Esta
obra é o primeiro volume de um debate sobre o espaço amapaense, seu ângulo de
abordagem abrange a área de interesse do Projeto de Pesquisa Percepções do
Amapá, o qual conta com o apoio do Instituto de Pesquisas Científicas e
Tecnológicas do Estado do Amapá (IEPA) e do Conselho Nacional de
Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). O autor Jadson Luis Rebelo Porto é Doutor em Economia pela UNICAMP, Mestre em Geografia pela UFSC e docente do Curso de Geografia da Universidade Federal do Amapá. É autor diversos artigos sobre o Amapá e dos seguintes livros: Aspectos da ação do estado na fronteira amazônica: a experiência do Território Federal/Estado do Amapá (2005); Amapá: Aspectos de uma Geografia em construção, como organizador (2005); Amapá: Principais transformações econômicas e institucionais - 1943 a 2000 (2003) e; A Área de Livre Comércio de Macapá e Santana: Questões geoeconômicas (1999).
Resenha do Capítulo 3. Capítulo 3: Agricultura camponesa e dinâmica de ocupação do território no estado do Amapá. (Ricardo Ângelo Pereira Lima) A agricultura no estado do Amapá se desenvolve basicamente de modo familiar, para o autoconsumo. Nos municípios de Ferreira Gomes, Porto Grande, Itaubal e Piririm é constante a plantação de mandioca (matéria prima para a fabricação da farinha de mandioca), arroz, milho, banana, abacaxi e laranja. A mandioca é o principal produto agrícola do Estado do Amapá, voltada para a alimentação de seu povo. Em 1994 o estado do Amapá foi identificado com abundâncias de terras, para donde seriam atraídos camponeses com ou sem terras. Está grande demanda de migração para o estado, teve facilitação de políticos do Maranhão com bilhetes de ônibus e passagens de trem até Belém (PA), assim, desde a cidade de Belém, os camponeses embarcavam em navios em direção à Macapá, na busca das terras prometidas. Além de camponeses maranhenses, muitos paraenses também vieram rumo ao norte do País e se instalaram no Amapá, estes dois estados tem importância relevante no processo agrícola do Amapá, formando assentamentos próximos às lavouras e cultivando, como citado anteriormente, a mandioca, banana, arroz, e etc.. Muitos assentamentos foram criados pelo INCRA nos arredores das plantações, para facilitar o acesso dos camponeses ao seu ambiente de trabalho, podemos citar; CEDRO ll, CEDRO, NOVA VIDA e BOM JESUS, dentro desses assentamentos foram localizados mais de 99 lotes com chefe de família, cujo qual eram entrevistados para o colhimento das informações relevantes para este estudo. Para a fabricação da farinha de mandioca, era necessário que a mandioca fosse ao forno, então, para que sejam feitos essas fornalhas, era necessário o desmatamento em grande massa da floresta local, com isso teve uma degradação forte nas redondezas, até que, os camponeses souberam armazenar mais madeiras e assim diminuíam a prática de desmatamento. Como dito recentemente, a mandioca é muito importante para a agricultura do estado do Amapá, porém os agricultores locais não são devidamente pagos por estes serviços, uma vez que, os mesmos “aqueciam” o comercio local. Muitos eram obrigados a trocar alimentos plantados com outros alimentos de outros agricultores para que pudessem sobreviver, ou trabalhar em outras lavouras em troca de comida e abrigo, fato que não muda dos dias atuais, os poderes não dão condições para que o agricultor trabalhe de forma autônoma. Com certeza esta obra será de extrema importância para se debater o espaço amapaense junto à comunidade deste Estado, bem como aos estudiosos da geografia regional. Das reduzidas obras que circulam no meio acadêmico local, as ideias aqui expostas serão aprimoradas nos debates em salas de aula, em seminários e servirão de consultas para outras análises sobre o Amapá e sobre esta a região amazônica. Elton Juracy Soares da Cunha, acadêmico do Curso de Geografia da Universidade Federal do Estado do Amapá - UNIFAP.
Resenha do Capítulo 3. Capítulo 3: Agricultura camponesa e dinâmica de ocupação do território no estado do Amapá. (Ricardo Ângelo Pereira Lima) A agricultura no estado do Amapá se desenvolve basicamente de modo familiar, para o autoconsumo. Nos municípios de Ferreira Gomes, Porto Grande, Itaubal e Piririm é constante a plantação de mandioca (matéria prima para a fabricação da farinha de mandioca), arroz, milho, banana, abacaxi e laranja. A mandioca é o principal produto agrícola do Estado do Amapá, voltada para a alimentação de seu povo. Em 1994 o estado do Amapá foi identificado com abundâncias de terras, para donde seriam atraídos camponeses com ou sem terras. Está grande demanda de migração para o estado, teve facilitação de políticos do Maranhão com bilhetes de ônibus e passagens de trem até Belém (PA), assim, desde a cidade de Belém, os camponeses embarcavam em navios em direção à Macapá, na busca das terras prometidas. Além de camponeses maranhenses, muitos paraenses também vieram rumo ao norte do País e se instalaram no Amapá, estes dois estados tem importância relevante no processo agrícola do Amapá, formando assentamentos próximos às lavouras e cultivando, como citado anteriormente, a mandioca, banana, arroz, e etc.. Muitos assentamentos foram criados pelo INCRA nos arredores das plantações, para facilitar o acesso dos camponeses ao seu ambiente de trabalho, podemos citar; CEDRO ll, CEDRO, NOVA VIDA e BOM JESUS, dentro desses assentamentos foram localizados mais de 99 lotes com chefe de família, cujo qual eram entrevistados para o colhimento das informações relevantes para este estudo. Para a fabricação da farinha de mandioca, era necessário que a mandioca fosse ao forno, então, para que sejam feitos essas fornalhas, era necessário o desmatamento em grande massa da floresta local, com isso teve uma degradação forte nas redondezas, até que, os camponeses souberam armazenar mais madeiras e assim diminuíam a prática de desmatamento. Como dito recentemente, a mandioca é muito importante para a agricultura do estado do Amapá, porém os agricultores locais não são devidamente pagos por estes serviços, uma vez que, os mesmos “aqueciam” o comercio local. Muitos eram obrigados a trocar alimentos plantados com outros alimentos de outros agricultores para que pudessem sobreviver, ou trabalhar em outras lavouras em troca de comida e abrigo, fato que não muda dos dias atuais, os poderes não dão condições para que o agricultor trabalhe de forma autônoma. Com certeza esta obra será de extrema importância para se debater o espaço amapaense junto à comunidade deste Estado, bem como aos estudiosos da geografia regional. Das reduzidas obras que circulam no meio acadêmico local, as ideias aqui expostas serão aprimoradas nos debates em salas de aula, em seminários e servirão de consultas para outras análises sobre o Amapá e sobre esta a região amazônica. Elton Juracy Soares da Cunha, acadêmico do Curso de Geografia da Universidade Federal do Estado do Amapá - UNIFAP.
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