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Professores levam à discussão propsta de 15% do governo


O governo do Estado ofereceu duas propostas finais ao Sindicado dos Servidores Estaduais da Educação (Sinsepeap), em reunião acontecida na manhã deste sábado, 14, no prédio da Se-cretaria de Estado do Planejamento, Orçamento e Tesouro (Seplan).
No encontro anterior de quinta-feira, 12, o governo havia proposto acréscimo de mais 5% no salário base sobre os 8% já concedidos a todos os servidores públicos na segunda-feira, 9. No entanto, a sugestão foi rejeitada pela categoria após assembleia geral realizada pelo Sinsepeap na sexta-feira, 13.
No sábado o presidente do Sinsepap, Aroldo Rabelo, contrapropôs ao governo uma base de negociações estabelecida em 31,6%, divididos da seguinte forma: 22% no pagamento referente ao mês de abril, e mais 9,6% reajustado no segundo semestre, considerada inviável pela equipe do GEA.
O governo, em contrapartida, chegou a oferecer mais um acréscimo de 2% no salário-base dos professores, que seriam pagos em outubro. A proposta também foi rejeitada, de imediato, pelos membros do Sinsepeap durante as negociações.
A equipe do governo reformulou nova proposta e estabeleceu que os 2 % que seriam pagos em outubro, serão incorporados já no pagamento da folha do mês de abril, garantindo aos professores um aumento, no total, de 15%, além do oficializar o pagamento do retroativo das promoções concedidas em 2010 e 2011, que serão pagas a partir de agosto deste ano.
Esta foi a maior proposta de aumento salarial dada à classe dos professores contados os últimos 9 anos. "Somado aos 8% já concedidos pelo GEA a todos os servidores públicos, o aumento salarial do grupo magistério será de 15%, ou seja, 7% a mais em relação às outras categorias do serviço público", considera o secretário da Seplan, Juliano Del Castilo Silva.
Reivindicação
Paralisados desde a última quarta-feira, 11, o Sinsepap exige do governo o pagamento do piso salarial da categoria, estipulado em R$ 1.451,00, o que corresponderia a um aumento na folha de pagamento do Estado de 33,7%. O governo declara inviabilidade orçamentária e chegou a apresentar planilhas de custos que comprovam a indisponibilidade orçamentária do Executivo para reajustar o salário com este percentual.
"Esse foi o maior aumento linear já concedido nos últimos anos aos professores. E para que o Estado tenha capacidade financeira de alcançar o valor do piso nacional, de maneira integral, é necessário discutir uma complementação da União e rediscutir o orçamento geral do Executivo", explica Del Castilo.
Para o presidente do Sindicato dos Servidores Estaduais da Educação, Aroldo Rabelo, houve avanços nas negociações. Ainda que não tenham chegado ao objetivo desejado de alcançar o piso salarial nacional e categoria acredita que é possível chegar a um consenso. "A gente reconhece que houve avanços nestas rodadas de negociação. Consideramos que o governo foi sensível em não incorpor ao nosso salário a regência de classe, como havia determinado anteriormente, mas, no geral, estamos sempre também abertos a novos diálogos", ressalta Rabelo.
O Sinsepeap saiu da reunião com a proposta oficializada pela equipe do governo de aumento de 15% dentre outros benefícios que serão apresentadas à categoria em assembleia geral, marcada para esta segunda-feira, 16, no colégio Gabriel de Almeida Café.
Diário do Amapá

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