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39 dias sem aula.Piso salarial é lei. E lei é pra ser cumprida.


“Governo sabia desde 2011 que entraríamos em greve e não fez nada pra evitar”, diz Aroldo Rabelo

Segundo o Sinsepeap, o comando de greve passou sete meses protocolando ofício no Palácio do Governo para ser recebido, o que só ocorreu em fevereiro deste ano.


Maiara Pires

Foto: Maiara Pires
Assembleia geral / Proposta de 16,56% foi analisada pela categoria na última sexta-feira (25). Governo só volta a negociar com os professores na sala de aula

A comissão de greve dos professores formaliza esta semana à mesa de negociação o resultado da assembleia geral realizada na última sexta-feira (25), na quadra do Colégio Amapaense. Por 3.210 votos a favor e 367 contra, os profissionais decidiram manter o movimento que completa hoje 39 dias. A categoria recusou a proposta de 16,56% de reajuste apresentada pelo Governo do Estado.

O Sindicato dos Servidores Públicos em Educação no Amapá (Sinsepap) se defende dos questionamentos da população por tanto tempo sem aula. “Se os alunos estão fora da sala de aula, a culpa não é do professor. O direito à educação é constitucional. Mas quem tem que garantir é o Estado. E essa garantia passa pelas condições de trabalho e valorização dos profissionais que atuam diretamente com a educação”, presume o presidente do Sinsepeap, Aroldo Rabelo.

Para a categoria, o governador Camilo Capiberibe poderia ter evitado a greve se os tivesse recebido ainda em 2011. “Depois de sete meses protocolando ofício no Palácio do Governo, só em fevereiro de 2012, fomos pra mesa de negociação. Ou seja, ele sabia que iríamos fazer essa mobilização. Porque não nos recebeu antes?”, questiona Rabelo.

Os professores recuaram da proposta de 33% que garantiria o piso nacional e apresentaram 20% de reajuste. No fim da assembleia geral de sexta-feira, Aroldo Rabelo chegou a afirmar à Gazeta que a categoria aceita até 19%. Mas ontem (28), o governador Camilo disse que a mesa de negociação só será retomada se os professores voltarem às salas de aula. O Sindicato ainda não se pronunciou sobre a declaração do gestor amapaense.
A Gazeta

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